domingo, 23 de outubro de 2016

Nal-Gre, Arena Lixão, Porto Alegre, 23/10/2016, 17h

x GFPA

Mais um clássico na Arena, desta feita com favoritismo ao time de pijamas. Contudo, considerados os milagres com que fomos abençoados nos últimos jogos, tudo poderá acontecer.

Obviamente,
Dom Ciffero

domingo, 16 de outubro de 2016

Internacional x CBFlamenglobo, Beira-Rio, 16/10/2016, 17h.




É hoje que veremos se o time cocôlorado faz jus à sílaba extra que ao adjetivo pespeguei ou se tomará jeito de time, com "T" (maiúsculo).

Para variar, não há muito o que dizer. É sempre a mesma sina: torcemos con alma para um time desalmado, para guerreiros trôpegos, como o tal  Genérico, e para vovôs cansados, como Alex e Ceará.

Do outro lado, teremos diante de nós o conglomerado CBF, Globo & Flamengo, ensandecido por alcançar uma possível liderança do certame. Sem dúvida, é jôgo para penalidades máximas favoráveis ao time da Gávea.

Contudo, apesar da negra tarde que se anuncia, conclamo o torcedor de fé a acreditar na vitória. Pode ser que Deus exista e justifique o nosso desejo agnóstico.

Caixadepandoramente,
Dom Ciffero

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

O reino da mediocridade



Já é lugar-comum explicar ao leitor desavisado que o uso do termo "medíocre", hodiernamente, tem conotação que não tinha no mundo de antanho.

"Medíocre", na origem, qualificava o que era mediano, comum. Hoje, qualifica, pejorativamente, o que é ruim, fraco.

Se pensarmos no Internacional de 2016, vem-nos à mente a acepção pejorativa do termo, a não ser é claro que sejamos Carvalho, Roth ou Piffero, que, por obrigações de ordem profissional, estão como que obrigados a mentir ao público deslavadamente.

Parece-me impossível não cair em um rosário de repetições quando falamos do futebol do Clube do Povo: já apontei alhures, em outras plagas blogueiras, as deficiências de nossas laterais; já fustiguei com a ferina vara de que disponho a ruindade de nossos zagueiros; já escarneci da habilidade de nossos atacantes; já comparei o time ao Figueirense, enfim.

Ora, não só não agüento mais repetir a mesma ladainha, como não agüento mais debater sobre certezas com quem está repleto de convicções obtusas e sobrevive no "mercado". Explico: por que devo eu, um senhor em seu segundo meio século de vida, consternar-me e dar ouvidos a sonsos? O que é um homem que, digamos, no brilho da senectude, como o Dr. Ibsen Pinheiro, ousa dourar a pílula em nome de uma paixão, no caso clubística? Vender ilusões é uma arte com a qual não compactuo. Dê-se logo ao torcedor a verdade: somos o pior time do Brasileiro. Perdemos para todos, praticamente todos, inclusive América-MG e Santa Cruz.

Não prospera, portanto, a tese de que há muitos clubes ruins e que, por isso, não seremos rebaixados. NÓS somos os ruins, ou melhor, os piores!

Tal qual Salieri diante de Mozart no filme de Forman, somos invejosos do que não somos. Invejamos, na verdade, o que fomos em 75, 76, 79 e 06. Burramente, e louvando o pensamento mágico, pensamos durante muitos anos que a repatriação dos craques de 2006 por si só seria redentora de nossos pecados. Ainda hoje, acreditamos nessa balela e contamos com um Ceará gordo e um Alex de bengalas a puxar para baixo a nau que mal navegava.

Não queremos novos timoneiros, senão Baulão e Ernando. Concedemos-lhe, ó supremo orgulho pifferiano e carvalhal, a braçadeira de capitão. Equiparamos dois zagueiros de várzea ao grande Figueroa. Seremos perdoados?

O apelo piegas à torcida, a brincadeira com aquilo que as pessoas julgam mais importante em suas vidas, o vilipêndio da camisa de um clube outrora grandioso, tudo em troca dos negócios e da manutenção de uma lógica perdedora orgulhosamente mantida como correta por Diretores igualmente orgulhosos, e tolos, e burros, pois não sobreviverão eles próprios à terra arrasada que implantaram, tudo isso me enoja em nível tão alto quanto a mentira que todo dia me tentam vender na grande mídia, seja na política, seja na publicidade e na propaganda: eu nada compro senhores, senão livros. Já leram "A náusea", o "Corão" e "Os cus de Judas"?

Mitologicamente,
Dom Ciffero

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Blanco y negro


Uma homenagem de Dom Ciffero ao adversário de amanhã, na magnífica salada cubano-flamenca de Bebo y Cigala. Só para poucos.

Blanco y Negro

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Cinco contra um?




As estatísticas, dizem, são como um biquíni: revelam tudo, exceto o essencial. Vem-me à mente esse dito popular quando, ao analisar a tabela do Brasileiro 2016, deparo-me com os cinco adversários que o Internacional persegue, tal qual o cão da fotografia acima, no campeonato particular que disputa para escapar do rebaixamento:

Sport;
São Paulo;
Derrota da Bahia;
Cocôritiba;
Cruzeiro.

Ora, a essencialidade da coisa vai além desses cinco clubes desgraçados, companheiros de nosso Cocôlorado na luta inglória pela dignidade. Explico: não são bem cinco contra um, mas oito, já que a lista do senso comum não inclui:

Figueirense;
Ponte Preta para o futuro;
Chapecocôense.




Estamos, portanto, lutando contra oito clubes desgraçados. Somos, destarte, nove times horrorosos em busca de sete vagas. Somente dois, desses nove, juntar-se-ão a Santa Cruz e América na Série B 2017. 

Cabe a todo colorado acompanhar o desempenho dos oito clubes acima citados, em uma espécie de campeonato especial do fracasso: as nove babas.

Por fim, estatisticamente, folgo em dizer, o Internacional já cumpriu seu calvário. Nada pode ser pior do que ter navegado as águas da ruindade por tanto tempo... Parece-me que não há, pelo menos na frieza dos números, espaço para piorar mais. Assim, nas rodadas derradeiras do certame, outro clube deverá ocupar a posição que ora ocupamos, que é a de oitavo lugar entre as nove babas.

Essencialmente,
Dom Ciffero

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Rescaldo do jôgo - Internacional x Coritiba, 6/10/2016, Beira-Rio

Impressionante a mediocridade do Internacional ontem. Não obstante, o bom colorado (o torcedor, e não o clube, como indica a minúscula) foi capaz de emocionar-se ao final do jôgo, seja pela defesa de Muçulmano no pênalti dado por Errando, jogador de parcos recursos técnicos e intelectuais, seja no gôlo marcado por Mortinho, que tal qual Lázaro parece ter ressuscitado, no pênalti cavado por Genérico. 

O quadro, contudo, é grave, e o corpo colorado continua nas mãos do imponderável. Uma de minhas esperanças é que o estigma da ruindade se cole mais à alma de outro time do que à do nosso nas últimas nove rodadas. Não é possível que o Internacional perca tanto como vinha perdendo. Estatisticamente, creio que estejamos favorecidos no porvir. 

Em tempo, e perspectivamente: Contra o Botafogo, na Ilha do Governador, o time precisa jogar como se estivesse diante de um desafio no interior do Rio Grande, em campo pequeno  e ruim. Parece-me uma maneira razoável de assustar os sempre cordiais jogadores do clube adversário. 

Atenciosamente,
Dom Ciffero




quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Pré-jôgo: Clássico CoCô, Beira-Rio, 6/10/2016, 19h30


De maneira inovadora, este blôgo apresenta o "pré-jôgo", ao passo que outros blôgos trabalham apenas com "jôgo" e "pós-jôgo". Ora, a característica do bom pensador é antecipar fatos, e não comentá-los posteriormente. 

É claro que, nisso, não há nada a se confundir com o que os administradores de empresas de hoje chamam de "pró-atividade", uma categoria obtusa, em última análise, a serviço dos detentores do poder e da eterna escravização dos empregados. Porém, como o que mais há no mundo são "asnos" (palavra proibida alhures, mas livre aqui, eis que, na condição de leitor de Apuléio, dou-me o direito de invocar o personagem aquele que, de homem, passou a muar e, depois, a advogado), não é de espantar que, em um país carente de cérebros como este, quase todos comprem a linguagem da Administração como única. Exemplifico.

Na vida cotidiana, muitos pensam agir, atualmente, com cabeça de businessman, deduzindo que, com isso, estão bem administrando sua fortuna. Fortuna de pobre, é claro. Ora, olhai os lírios do campo... Voltai ao Evangelho, senão a Erico, gaúchos de meia pataca.

Pois bem, por falar em gaúchos, lembrei-me do plebiscito não realizado, o que transforma o clássico de amanhã em clássico brasileiro, e não sulista, como queriam os sonhadores xenófobos, detratores do bom pensar e da sabedoria de Tao Golin, que, direto de Passo Fundo, e não da Unisinos, como eu dissera algures, vem, aos poucos, iluminando a estreiteza escura do beco em que estão metidos os neurônios gaudérios.

Falo de clássico e, mais, falo do clássico "Cocô", em que Colorado e Coritiba enfrentar-se-ão, a meu ver, com favoritismo para o time alvi-verde e com placar de 2x1. Explico por quê: o Coritiba está em franca ascensão e, "animicamente" (copyright Celso DerRoth e Fernando Carvalho), vem com o moral necessário para derrubar os frouxos atletas que vestem o manto colorado hoje em dia. Verdade que é com desgôsto que trago toda essa metralhadora cheia de mágoas apontada em direção a Padre Cacique, mas não é mais possível aturar a desfaçatez e a ruindade lá imperantes. No fundo da alma, porém, este velho torcedor espera estar errado e arrepender-se, no genuflexório mais próximo, amanhã, depois do jôgo. Não queremos a segunda divisão, mas os fados e a razão para lá apontam, inexoravelmente.

Anti-ilusoriamente,
Dom Ciffero

domingo, 2 de outubro de 2016

Rescaldo do jôgo: Figueirense-RS 1 x 0 Figueirense-SC (1º/10/2016)


Eis que exsurge a mim a oportunidade de escrever, em dia de eleição, sobre o embate de ontem no Beira-Lagoa da Conceição entre as duas maiores forças do futebol ofensivo do Sul.

"Animicamente", como repetem a cada cinco segundos os próceres da Revolução Colorada, o time, dizem, apresentou-se muito bem. Ora, mas de que ânimo, ou alma, falam esses gênios de hoje, quando o que mais se vê em campo é um time ruim até a medula e com alma de cusco cagão?

Não vi em campo senão o tradicional amontoado argélico-rothiano, em que nenhum jogador se destaca, tanto fazendo que a pelota esteja com "a" ou "b", exceção talvez feita a Seijas. Os demais jogadores equivalem-se pelo que há de pior no futebol mundial, sendo a covardia, como disse eu próprio ontem aqui, o principal mote de quem não sabe o que fazer com o objeto esférico que percorre os gramados em busca das redes.

No Internacional-Figueirense de hoje simplesmente não há busca das redes. A bola passa da defesa ao ataque diretamente, como sempre. Os volantes são absolutamente ridículos. Até mesmo o execrado Williams fazia muito mais, sozinho, do que os dois homens de hoje, que são medonhos futebolisticamente e medrosos psicologicamente. Sobrou para Alex e Seijas a função de articular o jôgo, mas sem um elemento obsoleto na lógica rothiana, a bola. No futebol de DerRoth, a bola não existe. Alex já não tem mais o vigor de outrora e, inclusive, hoje tropeça no balão número cinco, como faz, diga-se en passant, o perna-de-pau Valdívia, a.k.a. "Genérico", há dois anos no Internacional. Seijas, ainda iludido pela mística de estar em um grande clube brasileiro, consegue aqui e ali demonstrar fulgores brandos de um futebol razoável. Mas é pouco. Uma só andorinha não faz verão. 

"Mortinho" (copyright Dom Ciffero, como aliás o são os termos "Errando", "Baulão", "Muçulmano", "Bobo", "Genérico", "Nabinho", "Nylon", "Vampiro" etc., imitados a rodo pelos blôgos cocôlorados) ontem apresentou um pouco de vontade e, surpresa, foi abraçar DerRoth, como se lhe agradecesse a oportunidade de jogar depois de uns oito meses encostado. Porém, um gôlo é pouco para a redenção. A morte é certa, Mortinho.

Não me encanta o show de luzes de celulares. Sou do tempo em que o brilho vinha dos isqueiros. Essa tentativa de aliciar a alma dos torcedores pela instigação de uma luta pela história do clube é um embuste. O futebol jogado é mesmo de segunda divisão e somente um Deus bem-humorado, um semelhante meu, enfim, poderá salvar o clube da derrota final. Contentem-se. É o abraço de Argel e de DerRoth ao povo colorado rumo a uma eterna Santa Catarina do balípodo oco. É pau, é pedra, é o fim do caminho.

Tomjobimmente*,
Dom Ciffero

* O fechamento do texto com um advérbio de modo terminado em "mente" é outro recurso criado e divulgado por Dom Ciffero e amplamente copiado na blogosfera colorada... Se fosse receber pelos direitos de suas criações, Dom Ciffero estaria (ainda mais) rico.
Somente Dom Ciffero sabe ser Odorico.

sábado, 1 de outubro de 2016

Figueirense-RS x Figueirense-SC, Beira-Lagoa da Conceição, Porto Alegre-SC, 1º/10/2016, 21h.



É hoje, ladies, o tão esperado confronto definidor dos auspícios aos quais curvar-nos-emos em breve. Em partida contra o irmão homônimo catarinense, o time mais covarde já montado pelo Sport Club Internacional vai a campo na expectativa de uma vitória que, para a alegria de muitos, o manterá na zona do rebaixamento, mas com duas vitórias a mais do que o cocô-irmão da Ilha (isso, prognosticamente é, para a Direção, fundamental, "animicamente").

Como se vê, é alentadora a perspectiva hodierna da torcida alvi-rubra, que está singrando os mares do Brasileirão rumo à liderança (entre os rebaixados). Não há, faz muito tempo, algo relevante a dizer sobre a ruindade do time e a mediocridade da Direção. Nem os mandarins de outrora parecem ter a embocadura que um dia tiveram para tocar a flauta colorada como tocaria um Ian Anderson. São todos, hoje, senhores abraçados pela decrepitude e pela vida centrada nos êxitos do passado, ou seja, vivem descolados da realidade, imersos em um mundo só seu.

Dom Ciffero alertou aqui mesmo neste blôgo, em pôsto de maio, para os perigos do mindset argélico instaurado no Beira-Rio... Ouçam-me, jovens!

Preventivamente,
Dom Ciffero