terça-feira, 22 de novembro de 2016

Acordei-me em queda



Primeiramente, é de se destacar o compulsório uso do pronome posposto ao verbo no título deste pôsto. É claro que os ignorantes acham que o pronome não faz diferença, mas somente o acham porque são o que são: ignorantes.

Segundamente, como diria Odorico, e já involuntariamente remetendo pelo advérbio à provável divisão em que nos encontraremos em 2017, acordar-se com a sensação de que há algo de novo no ar nem sempre é alvissareiro, ainda mais quando o novo é tredo.

Sim, a traição perpetrada pelas escolhas de uns poucos homens que comandam o Internacional consagrou-se ontem por meio da farsa de um gôlo roubado, é verdade, mas nem por isso imerecido. A equipe vermelha jogou como se vestisse rosa, comportou-se como um cão sem dentes, só rabo entre as pernas, e, mais uma vez, perdeu, como costumeiramente fez neste Brasileiro.

É triste ver a moçada e a massa torcedora, nem sempre jovem, sofrerem como se não houvesse vida no pós-Internacional. Ainda que não concretizado o rebaixamento, parece ser ele inevitável, e nem mesmo o mais astuto dos técnicos poderá, em sã consciência, obter dois resultados positivos em dois jogos quando se trata do Internacional de hoje. Se há esperanças, são menores do que pensamos.

Mas não esmoreçamos. Como disse, as escolhas foram feitas por alguns poucos asnos, convictos de suas certezas burras para sempre, como sói acontecer aos asnos. Quem conhece a vida não age sem estar aberto à mudança e à dúvida.

Perspectivamente, creio que muito do trabalho dos blôgos colorados restará pausado. De minha parte, o silêncio em 2017, tomara que não em 2018, parece-me ser a atitude mais acertada. Deixemos a fala para quem nunca teve nada a dizer.

Deouvidosmoucamente,
Dom Ciffero

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